Lado Imaginativo

29/09/2015

A professora de uma disciplina complexa e beleza simples


veludo carnudo astuto obtuso
o poder quadrático da beleza empirica
o olhar o cabelo e as longas pernas
apoiam o meu olhar compenetrante
no desejo intemporal e impossivel

de tanto contemplar conseguia a
hipotenusa do salto alto, o charme
beleza e sensualidade incalculavel
a função perfeita do meu olhara
tentação desconcentração e mais...

o desejo fetiche e pensamentos
faziam passar e soar o toque da
campainha num fechar de olhos
em um instante a mente disparava
e o estudo era outro o da beleza

quando explicava o seu poder
era superior as deduções
suprema sabedoria e os labios
desenhavam palavras de desejo
de numeros a vontades
um apetite que chegava com o fim da aula

as noites essas eram repletas de
desejos a imaginação explodia na mão
tudo crescia desde uma resolução
a uma equação nova e o pensamentos
esse despejava tudo a pensar no
resumo da aula

cada passo movimento e o som do salto alto
fazia sonhar o adolescente que se apoderava
por minutos breves de tentativas de
controlo do seu desejo hormonal
transformando parábolas em
circulos infinitos de orgasmos

desde a cor do cabelo as pernas
era uma equação impossivel
o conforto da cama o corpo
so nos lençóis e a imaginação
a movimentar dos pés
as pernas por cima de numeros
e o conforto do extender de emoções
até que o fim parecia desejar o despir dos numeros
e cada toque era uma absoluta loucura de explosões
que todas juntas originavam o ORGASMO FINAL

28/05/2015

sê o próspero momento do teu ser

Sê mais do que desejarias
entre várias permutas de sentimentos,
julgas tu e eu e mais,
mas nada somos, somos o nada
e o nada não é julgado, é mais...
mais do que ser, mais do que nada,
pois nada em nada se faz,
cor parda verdade de jangada
flutua na brisa
da corrente em nada
e por isso somos mãos do desejo,
somos a contaminação social,
o eterno vizinho e espelho do quadrado
que nos dita merdas e questão cordiais,
ora viva e sem mais somos o nada em
corrente oriunda do vazio.

Dor Carnivora


um suspiro em soluços,
cheio de fantasia repleto da mente vadia
Sou um promotor solitário,
uma azia supérflua e angustiada

um preto, tão distante da luz
aquele momento mais que intrigante
que desfaz esta anemia em dislexia,

se eu fosse um distante
um eterno mutante
se eu conseguisse
eu até que era capaz,

um soluço transformado em suspiro
uma mente dizia em ecos
foge, sem saber sem conhecimento,
 não te mutiles sem prazer,

mas se eu fosse um distante
eu nunca fugia,
se eu tentasse o suicídio, quem me salvaria ?

a alegria da coragem é maior do
que a penosa fraqueza do medo
mas se eu eu tivesse,
aquilo que me falta não apreciava
este espaço preto difuso e então,
nunca mais seria diferente porque
a luz não seria a minha salvação...


quantas vezes não te sentis-te assim ?

13/01/2015

ARTE NAS VEIAS DO MONSTRO IDIOTA

vou aguardar o tempo necessário
esculpir o monstro idiota
vou descobrir o tempo
fechar as portas e esconder-me




embriagar-me entre amigos
soltar as notas presas
viver como ninguém
reinar sem trono
virtualizar e contemplar

rir perder e abraçar
rir perder e saborear
rir perder e enterrar
sem duvida o agora é meu

virtualizar e contemplar
soltar tudo desambiguar
disser eu amo disser eu quero
soltar mais do que queria

sim, eu sei o que quero
não é viver é criar
é perder ter e não poder
sobretudo amar sem perder

rir perder e abraçar
rir perder e saborear
rir perder e enterrar
sem duvida o agora é meu

corpos tapados em túnicas
tudo desligado
orgasmos múltiplos
vinho doces e espumantes
álcool drogas e factores
vinho doces e espumantes
álcool suores e rumores
álcool vivências e dependências



rir perder e abraçar
rir perder e saborear
rir perder e enterrar
sem duvida o agora é meu
agora é tudo nosso
depois deste traço 
é tudo nosso, tudo eu prometo.

PIRATAS E OSSOS

carrego os bolsos cheios
tabaco, isqueiro e moedas
a ganga é a minha cara
erva mortalhas e filtros
a cara de ossos feita
cheia de infantilidades

a noite está feita
de horrores vícios e mulheres
a lua esconde o medo
o dia está longe
eu viajo a noite está
longe, bares bebidas e
loucuras


lá no cimo onde ninguém
chega vivo
eu olho e sinto saudades
distante e efémero
a ganga é a minha cara
de uma idade feia
cheia de infantilidades


mar longínquo, piratas a bordo
disparo sem pensar,
cuspo para o ar
3,5,0
sou tudo agora
um inocente carente
3,5,0

piratas a bordo
álcool a caminho
a ganga é a minha cara
de idade feia
de infantilidades




agora sou resto de nada
e tudo o que possas pensar
nada mais do que isto
eu só sei fazer isto
eu vivo para nada
pois tudo se ergueu
sai do barco e saltei
para a jangada
quero passar a vida a escrever
no pensamento o que não posso
partilhar, a censura é só minha
e o cérebro esta cheio de vontade
de conseguir ejacular palavras
à toa sem medida
sem virgulas
sem pontos
sem regras,
não temos
não


12/01/2015

Neutralizante


|NEUTRALIZANTE OPORTUNO|



Dá-me uma passa desse veneno
o amor são bolas de fumo
espécies de liquido sem forma
invade-me e neutraliza-me
A combustão são truques e olhares


caminhamos horas a fio
tu eu e subimos
voltaríamos a fazer o mesmo
Chegamos ao topo e agora xiuuuuuuuu (silêncio)
a descida é a pique
abraçados desejamos
sorrimos e a gravidade
obriga-nos a beijar o chão


meu doce, dá-me mais 
eu não quero assim
tudo é tão pouco 
alguém me ouve, um abraço sem fim
só um beijo é pouco

dá-me mais
mais
dá-me mais
mais

Ó Deus da minha hipocrisia
deixa-me aqui
eu só te quero a ti 
o meu querer é amar
somos a marca da estrada
temos tudo para dar
e eu? eu morro aqui
em longitude sou esquizofrénico 
se assim tiver de ser


meu doce, dá-me mais 
eu não quero assim
uma cerveja e às vezes nada
um desdém sem sussurro desejo tudo 
alguém me ouve, um abraço sem fim
um beijo e dá-me mais

A descida


lembro-me de sair, correr
gritar e ser
eu adorava,
adorava quase tudo,
as grutas,
as descobertas,
lembro-me perfeitamente
estar deitado, ao sol,
a falar com amigos,
que se multiplicavam
em matrizes dimensionais
em simbiose, hipnotizado
pela natureza mais pura
lembro-me de caminhar
descer e não querer voltar
lembro-me de sujar as mãos,
brincar na terra, de ter fome
subir às árvores e não querer descer
se me lembro, ufa se me lembro
faz tempo, eu tinha
tinha uma mochila,
perdia-me no tempo e no espaço queria ficar,
por vezes era tarde e
e se vos digo será engraçado
por vezes era tão tarde que ...
por vezes chamavam por mim
quanto mais gritavam
mais eu desobedecia
mais eu ficava perdido no tempo.

 Texto de André Santos Dia 02 Desafio 120 de 12/01/2015

11/01/2015

As mãos da desconhecida

As mãos,






as mãos desta desconhecida
são mais do que nada
ela é bem parecida
hipnotizante e esclarecida

as mãos guiam-me
para o céu,
sentem o equinocio lunar
como se nada fosse

as desconhecidas,
o que está para sul
o lado oposto, adorava ... hum como 
adorava poder estar
perto das imagens e não sei o nome

as mãos da desconhecida 
são bem parecidas
elegantes, juvenis,
são algo que terei de 
descobrir de olhos fechados

01/07/2013

vai passeando os olhos

vai passeando os olhos
tudo um dia pode acabar
esgota o tempo 
ele tem mais do que isso

Esfrega os olhos,
estás bêbado
de tanto nada a fazer,
esgota o tempo

Começas aprender

Usa a teu favor
emocionando o vicio
acende um cigarro
um shot e mais do que isso

Pernoita a vontade
agarra-te, segura-te
deixa criar o sono
e acordar para algo novo

Começas aprender
nao te denuncies
não te percas
esgota o tempo
troca o vento
esgota o tempo
em modo lento








corpos que se multiplicam

A queda para amar é um assunto de duas ou mais, depende de quanto desejas, eu o espelho deixei ir o corpo a movimentar-se pelas paredes as sombras desenhavam a minha vontade, dois corpos quentes, com mais vontade do que fazer.
A visão deixava tudo em branco, o escuro simplesmente ficava nos sonhos, estava eu o espelho e dois corpos, os movimentos serpenteavam as paredes, existia um enredo, um guião um poder sedutor que se aproximava, a janela aberta deixa os olhares mais curiosos despertar emoções, cada centimetro da pele estava descoberto, era mais do que pornografia.

Os corpos fundiam-se agora e o suor deixava tudo molhado, o cheiro intenso o sabor percorria cada parte que ainda não estava consumida, foi assim até anoitecer, eram agora vários corpos, dez, talvez 20, os barulhos multiplicavam-se os gemidos eram uma orquestra o quarto cheirava a prazer intenso, adormeceu tudo depois de uma linda dança de corpos misturados, onde as trocas eram simplesmente parceiros fartos da rotina como eu e tu e a vida.

01072013

Bebi do pé todo o consumo natural da energia,vertendo liquidos pelos joelhos deixei fluir. Bebi da alma toda a energia consumida, saltei o sonho através do esconderijo da mente. O ar deixou de ser, o cheiro das feromonas percorreu o meu desejo e assim sem mais deixei de ser, o meu corpo nao se mexia mais, estava tudo no pensamento, o chão deixou de ser, eu deixei de ter, passei o corpo pelas mãos, estava sem nada, estava assim como estou.

Bebi da orelha o pensamento e deixei de ser para passar a ter, olhei para mais do que devia e a tentação estava a começar a deixar de ser uma loucura, tudo era mais do que eu queria. O prazer não dominou totalmente a minha capacidade de fluir, eu apenas estava a imaginar, assim como estou agora.

23/06/2013

23062013

Ela apertou o seu corpo no vazio, gritou desejou, estava tentada a fazer tudo para conseguir saber onde encontrar a máquina de sonhos.

A colina estava deserta sem animais, sem vida, sem ninguém a àgua translúcida estava parada mas morna.

A VIDA estava extinta, apenas àrvores de frutos rodeavam o seu olhar para seu agrado tentada a matar toda a fome que consumia o seu desejo.

Ela apertou o seu corpo de emoção, despiu-se lentamente estava a ser observada, dobrou cada peça sua e fez uma coluna onde se sentou. Passou as mãos na água e sobre o olhar atento de dois amigos imaginários cada mão em seu seio a tocar ao ritmo do anoitecer.